terça-feira, 1 de novembro de 2011

Naufrágios: "pra rir ou chorar" ?


Na praia do Morro Branco, consegui tripulação para me acompanhar na primeira velejada no Xaposinho (monotipo 445) convencendo o Fanha, pescador amigo, a ir comigo.

Na saída da praia, com ondas pequenas quebrando, fizemos uma partida gloriosa. O Fanha embarcou e eu fiquei ao lado do barco, com água pelo joelho, controlando as velas e o leme. Quando a profundidade aumentou, pulei pra dentro do barco, cacei a vela principal e lá fomos nós, vencendo a rebentação e parecendo que fazíamos aquilo todos os dias.

O passeio foi perfeito, mesmo com as ondas grandes que rolavam depois da rebentação. Fomos até na frente das barracas, impressionar os turistas, fizemos alguns bordos e começamos a voltar.

Na hora de vencer as ondas para chegar na areia ... o dilema... Como o leme é basculante e não pode chegar preso na praia, é preciso liberar no momento certo.  Qual seria esse momento ? Antes de surfar ou só depois ? E a bolina que também é basculante ? Solto antes ou depois do leme ? Uso a vela pra dar velocidade na surfada ou deixo frouxa ? 

Com todas essas dúvidas... não deu outra. Uma surfada sensacional e uma capotada espetacular... Nenhum dano no barco. 

O pessoal da família, que estava assistindo o passeio na barraca do Louro, correu pra ver se havia feridos. Minha netinha, naquela época com 2 anos, sem saber direito se a capotada era coisa normal, quis prestar solidariedade e perguntou: “é pra chorar vovô ?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário