Na semana passada, fui procurado pelos pais aflitos que precisavam atender ao desejo da filha de chegar no casamento de barco. Fui com eles até o ponto de embarque e mostrei as dificuldades de subir na batera (jangada sem mastro, tocada por um remo de voga) sem molhar os pés. Ficou acertado que a própria noiva, que estava viajando, viria no início da semana, para dar uma olhada no barco e ver se insistiria na idéia.
Batera embarcando uma família |
Durante toda a semana, fiquei pensando no assunto, meio inquieto com a responsabilidade: vai que a moça cai no embarque ?... e se molhar a barra do vestido ? ... e se o motor não pegar, qual a alternativa ? ...vou na vela ou substituo pelo motor reserva ?
Na tarde do embarque, fomos (eu e o Leo) para o barco logo no começo da tarde para limpar tudo, esconder os trecos que ficam em cima, esquentar o motor e trazer o barco mais pra perto da praia, pra diminuir o trajeto na batera. De quebra, fomos até o Iate (15 minutos no motor) pra "ensaiar" o percurso e ver se os marinheiros que a noiva havia contatado estavam atentos à chegada do barco.
Pra melhorar as condições de embarque, combinei com o dono de uma das escunas de passeio que usaria a batera dele ao invés da batera do Tonico, que normalmente uso. O problema é que, justo na hora que a noiva chegou, estava ocorrendo o embarque dos turistas que fazem passeio nas escunas e as bateras estava todas ocupadas num vai e vem danado. Após alguns minutos de "stress", a situação ficou mais calma porque o fotógrafo da noiva, que devia registrar toda a operação, ainda não havia chegado. Como havia ainda algum tempo antes do por do sol, momento crítico para chegar ao Iate, resolvemos esperar um pouco e a noiva ficou em terra mesmo. Nesse ínterim, o Cristiano foi buscar a primeira batera que ficou desocupada e a situação de embarque ficou sob controle.
Noiva na batera |
A noiva e o capitão |
Cansada de esperar pelo fotógrafo, a noiva resolveu embarcar e esperar o "sinal verde" da cerimonialista a bordo do Chaposo. Foi o momento de maior expectativa pois, apesar da experiência do Cristiano, sempre pode haver uma onda mais forte, que varra a batera por cima, molhando tudo. Nada aconteceu e vieram todas a bordo: a noiva, a costureira, a cabelereira e minha mulher, que vendo a ausência do fotógrafo, tomou o Iphone da irmã e começou a fazer a cobertura fotográfica.
Esperamos mais um pouco e, quando o sol estava pra se pôr, fizemos o trajeto até o local do casamento. A encostada no píer foi perfeita, os marinheiros a postos para pegar o barco e... o maldito fotógrafo finalmente apareceu e registrou tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário