terça-feira, 7 de junho de 2011

Vento forte

Ontem, cumprindo o combinado para toda primeira segunda-feira do mês, fui pescar com o pessoal da escola de vela. Fomos eu, o Cristiano e o Paulinho e levamos apenas o motorzinho Tohatsu 3.5 HP, pra ajudar a posicionar o barco na pescaria e a recolher a âncora, na volta.

Saímos um pouco tarde, (7:00 hs) porque a pescaria era perto e, na ida, fomos na empopada, só com a Grande, o barco voando baixo... Chegamos perto do ponto de pesca (Pindaquara) numa posição próxima ao alvo. Enquanto baixamos a vela pra posicionar o barco em cima das pedras, usando o motor, o vento e a correnteza, muito fortes, já tinham nos levado muito a sotavento.    

Parar o barco em um ponto determinado, no meio do mar, é uma arte. Embora o local esteja marcado no GPS, pra ficar em cima a gente tem que considerar a direção do vento, a correnteza resultante do vento e da maré, a profundidade do ponto de fundeio e o comprimento do cabo que se vai soltar com a âncora. Conclusão... é só pra quem sabe... e eu nunca tinha feito antes.

Tentamos usar o motor pra voltar ao ponto certo mas, cadê que o bichinho conseguia virar o bico do barco contra as ondas, pra aproar ao vento ?!?!?! Ainda insistimos um pouco até que, cansado e molhado, o Tohatsu parou e resolvemos subir a vela...

Pensamos em desistir mas, como ainda estava cedo, demos um bordo longo até ficarmos por terra de um navio que estava ancorado perto e cambamos de volta pra mar aberto, deixando a posição da pescaria por sotavento.

Fomos monitorando o GPS e, quando a seta que indica a rota pro ponto marcado ficou paralela ao navio ancorado, aproamos ao vento e fomos descendo na deriva, direitinho pra cima da pescaria. A uns 50 metros do ponto, lançamos a âncora e demos cabo suficiente para ficarmos exatamente em cima.

Começamos a pescar e logo subiram alguns Ariacós, Biquaras e outros peixes, confirmando que tínhamos acertado. O problema é que o vento foi aumentando com a chuva que se aproximava e a âncora foi garrando lentamente. Passado algum tempo, os peixes começaram a escassear, fui conferir no GPS e já estávamos a uns bons 300 metros longe do ponto inicial.

Como já estava na hora de voltar, acordamos o Tohatsu pra ajudar a puxar o ferro, trabalho difícil sob o vento forte e contra as ondas. Ainda bem que o o bichinho pegou e aliviou nosso serviço. Subimos todo o pano e rumamos pra terra, num través de fazer medo.

Perto da ponte metálica demos um bordo de volta pro mar e rumamos pro paredão do porto. Nesse trecho, acho que nos aproximamos do limite de equilíbrio do barco. O vento estava realmente muito forte, muito pano em cima e ondas grandes lavavam o convés, aumentando o peso a sotavento. O Chaposo aguentou bem... Acho que foi vento força 6, segundo a Escala Beaufort.

Radical !!!

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