Mastro em cima

O Chaposo está se recompondo. O mastro foi colocado e regulado. Falta limpeza geral, polir o casco, montar as velas e voltar pra água.

O estaiamento foi todo trocado. Os esticadores, que inicialmente pensei serem industriais, são na verdade artesanais, muito bem feitos pela turma do maranhão. Os cones que vão nas pontas dos cabos, dentro dos terminais, são feitos de bronze ou cobre e, como estavam desgastados, também foram todos trocados pelo Bitonho e Mykelly, marinheiros do Iate Clube. O enrolador, artesanal também, foi desmontado, limpo, lubrificado e recolocado. Todos os esticadores foram limpos e polidos. No fim, faltou o terminal de baixo do esticador do baby-stay. Mandei fazer um novo num torneiro amigo. Um dia, o terminal velho aparece.

Esticadores maranhenses

Terminais maranhenses com cones de bronze

A colocação do mastro foi uma barra pesada... literalmente. Pra descer, usamos um cabo ligado à retranca e controlamos, com facilidade, o movimento até em baixo. Pra subir, tentamos o mesmo método mas, pra cima, a história é outra. Usamos um bambu comprido pra empurrar, mas o mastro parou fazendo uns trinta graus com a horizontal e não conseguíamos mais puxar.

Muita gente ajudando e opinando, até que veio a idéia de colocar uma retranca imensa que vive jogada na praia com o gancho pra cima, passar um cabo pelo gancho e puxar o mastro. Funcionou, o bicho foi ficando em pé e, (TERROR) quase passou direto pro outro lado. Um pouco de sorte, o Alex rapidamente segurou no enrolador e fomos atachando de qualquer maneira os esticadores laterais. Pronto.

O correto teria sido usar um moitão na ponta do bambu e um cabo passado no moitão dando uma volta no mastro, para içá-lo. Também precisaria terem sido passados cabos pra garantir a estabilidade quando chegasse em cima e não apenas confiar na turma que estava segurando os cabos de aço, muito fechados pra dar qualquer segurança.

Enfim... vivendo e aprendendo.