sábado, 11 de dezembro de 2010

Navegando para o Labomar

O Chaposo voltou para a água e foi contratado para ajudar o Labomar, da Universidade Federal do Ceará, a monitorar o tempo de dissipação da descarga da draga "SeaWAY", que está aprofundando o canal de acesso e as áreas de manobra do porto do Mucuripe, em Fortaleza.
Draga SEAWAY
O trabalho consistia em aproximar o barco da popa da draga (enorme) e, quando fosse encerrada a descarga da areia coletada no porto, lançar um conjunto de sensores suspensos por uma bóia que seguia a mancha na correnteza. A partir daí ficávamos por uma hora ziguezagueando em direções (alternadas) perpendiculares à direção da corrente, coletando, no notebook de bordo, os dados enviados pelos sensores.

Nas aproximações com a draga, a emoção foi forte. Pela posição em que ocorria a descarga, ficávamos a barlavento, velas abaixadas, dependendo somente do motor de popa. Qualquer pane e iríamos direto pra debaixo do navio, se não conseguíssemos desenrolar a genoa a tempo.

Na volta, nosso rumo atravessou o ponto em que o emissário submarino descarrega os esgotos da cidade. Um leve mau cheiro e a água "lisa" demarcam perfeitamente a área. Os pescadores dizem que tem muito peixe por ali mas, quando são tratados, às vezes aparecem unhas e cabelos humanos pois o IML também fica por perto. (Acho que é lenda marinha).

A viagem foi boa porque içamos as velas pela primeira vez depois que o mastro foi levantado com o estaiamento novo. Sempre fica o receio de um esticador mal montado soltar mas nada aconteceu, a não ser a retranca que ficou encostando no toldo, sinal de que o mastro está muito inclinado pra popa. Tenho que regular.  

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