domingo, 26 de abril de 2015

O veleiro "Rabugento"

O veleiro "Rabugento" (Marreco 16) foi o meu primeiro veleiro "de quilha" e com ele comecei a velejar no lago Paranoá, em Brasília. Ele foi comprado em sociedade com um amigo que, depois que passei a morar em Fortaleza, ficou com a minha parte do barco. Agora, recomprei o  Rabugento, com a intenção de incentivar meu filho que mora em Brasília a velejar e aproveitar com sua família as delícias do Paranoá, o que não fizemos quando ele era criança.

Veleiro Rabugento
O barco estava a muitos anos sem ser usado e deu trabalho coloca-lo na água novamente. O principal problema foi a carreta, que estava com pneus ressecados, rolamento travado e deformando o casco, por causa dos suportes mal feitos.










O motor de popa (Tohatsu 5hp) funcionou na bancada mas, quando coloquei no barco, não sustentava a marcha lenta e levei na oficina pra limpeza de carburador. A bateria do barco, por incrível que pareça, ainda tinha alguma carga, mesmo parada por muitos anos. Coloquei no carro pra completar a carga e no outro dia estava pronta pra uso. Com isso, decidi usar apenas o motor elétrico (Rhino 55 lbs), que funcionou lindamente. A autonomia do motor elétrico é pequena ( 1 hora) e o deslocamento lento (2 nós) mas o fato de nunca ter problema de partida ou marcha lenta compensam isso.

Fiz um pequeno reparo na fibra, no local onde um cunho com parafusos folgados foi arrancado e instalei uma forquilha na popa pra usar com o remo chinês (Yuloh) que construí pra não precisar de motor.

Usei o remo pela primeira vez e, mesmo sem nenhuma experiência no assunto e tendo feito o remo "de cabeça", o resultado foi excelente. Consegui deslocar o barco com alguma velocidade e mantendo linha reta. Havia uma regata em preparação e um dos barcos veio arrodear o Rabugento pra ver de perto o remo pela popa, novidade no Paranoá. Perguntaram se eu estava fazendo muita ginástica e respondi que não... fazendo pose e remando só com a ponta dos dedos.

Yuloh do Rabugento
É impressionante como um veleiro resiste bem ao tempo, na água doce ou longe do mar. Foi só levantar as velas e o barco saiu como se tivesse parado na véspera.

Quem mudou muito com o tempo foi eu !!! Foi interessante me deparar com várias situações que já tinha vivido anos antes, no mesmo barco e no mesmo local e adotar ações diferentes.

Aprendi muito mas ainda sei pouco.

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