terça-feira, 20 de novembro de 2012

Trampolim


Esse negócio de trampolim para catamarans é complicado. Escolher o material, achar um fornecedor, aplicar corretamente e dar a manutenção adequada dá um trabalho danado. O material, além de resistente à carga e ao sol, bonito e fácil de aplicar tem que ter a "permeabilidade" adequada. Num barco pequeno, que embarca água pela proa, com frequência, ter um trampolim de malha fechada, que não deixe a água passar com facilidade, é problema na certa. 

O antigo Chaposo veio com uma malha com diamantes de uns 7cm (vértice a vértice) mas já era antigo e tive que substituir. Pensei em usar o material de cama elástica, até comprei o tecido mas desisti porque o Marcão, que conserta nossas velas por aqui, me disse que até faria o trampolim mas não subiria nele. Lembrou que as camas elásticas só resistem porque, nas laterais, existem molas que atenuam o impacto no tecido. Encomendei uma malha com cabo verde de material reciclado e ficou bom embora os nós incomodem um pouco os pés descalços. Para fixar no casco, substituí a corda que o pessoal do Maranhão usa pra dar um contorno na malha por tarugos de nylon (ou tecnil... nunca sei a diferença). Dá muita firmeza na puxada pra esticar. Tentei evitar a clássica amarração em espiral e até pesquisei um nó autotravante (aqui chamam de cabeça de gato) equivalente àquelas fitinhas de nylon (também esqueço o nome) mas, no fim, fiquei na espiral mesmo.

Agora, para o novo Chaposo, trouxe dos EUA uma malha sem nós, feita em Dyneema (http://www.net-sys.com/catamaran-netting.php). Vai ficar ótimo.

Um comentário:

  1. Putz, se o trampolim vai ser em Dyneema é mais fácil o casco quebrar do que o trampolim! Bela escolha!!!

    ResponderExcluir