domingo, 27 de novembro de 2011

Chaposo rolando pro seco

Essa semana, subimos o Chaposo pra fazer alguns reparos e, finalmente, pintar o fundo com uma mistura de resina epoxi e pó de cobre, pra melhorar a proteção contra cracas e outros bichos.

Aproveitando que fui ao Morro Branco na semana do feriado, pedi ao Raimundinho pra fazer uns rolos com troncos de cajueiro. A madeira é leve e resistente à água e dela se faz os rolos usados pra subir as jangadas na praia. Foram cortados 16 pedaços, dos quais selecionei e trouxe pra Fortaleza os 6 mais "certinhos", pra servirem de rolo. Os demais seriam usados pra fazer as pilhas quadradas na forma de fogueira, que se usa pra apoiar o barco no seco, mas deixei na garagem do Morro Branco, porque não cabiam no Vitarinha, já lotado de bagagem.

Combinei com o Cristiano pra encalharmos o barco mas o pico da maré era às 3 da manhã e eu não tive coragem de acorda-lo ainda no escuro. Assim que nasceu o dia, fomos nadando até o barco e ele voltou nadando com uma ponta da corda da âncora e eu fiquei manejando a outra ponta no barco. Com escalas nas bateras que ficam ancoradas entre a posição do Chaposo e a praia foi facílimo levar o barco até a praia. Muito mais fácil e rápido do que com motor. O único problema é que o barco ficou mais longe do ponto de pico da maré, o que nos forçou a reboca-lo na areia por uma distância maior.

Quando a turma da escola de vela chegou, lá pelas 8 hs, começamos a operação de colocar o Chaposo em cima dos rolos, o que foi feito usando uma "linha" (barra de madeira de 12x6 cm) que eu havia comprado pra fazer um berço, no caso da subida com os rolos se mostrar impraticável. Cava daqui, levanta dali, conseguimos colocar cada flutuador do Chaposo sobre 3 rolos e esses sobre as "estivas" (pedaços de táboas planas tiradas da pilha de demolição da lancha Refúgio). Daí pra frente, foi puxar com dois moitões com 3 roldanas cada e o barco foi subindo lentamente até pertinho da calçada. Por coincidência, ficou bem em frente à garagem do meu prédio e parece querer entrar.

Já começamos a raspagem do fundo pra preparar pra nova pintura e vou aproveitar pra instalar o "trem de aterrisagem" que o Anaildo construiu pra mim. Se der certo, vai ficar muito mais fácil tirar da água.

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