No dia seguinte, um tremendo susto. Durante a noite, o vento soprou com vontade e, pela manhã, ao chegar na praia, de carro, pelas dunas, não vi o barco na posição em que imaginava estar. Havia "garrado" durante a noite e estava a uns 50 metros a sotavento da posição inicial.
Confirmei com o Fanha (pescador que mora em frente) que o barco precisava ser melhor ancorado e fui ao porto das jangadas, no Morro Branco, pra procurar mais um ferro e reforçar a "marra".
O Raimundinho (pescador e mergulhador aposentado de empreiteiras da Petrobras) me arranjou um ferro pesado e fomos reacomodar o Chaposo, usando o motor. Colocamos as duas âncoras afastadas uma da outra, amarramos o cabo das poitas no cunho da travessa central e colocamos o cabestro nos dois cunhos laterais dos flutuadores, reforçando a amarração.
Acho que está bem. Porém, todas as noites, quando o vento sopra mais forte, bate uma certa aflição e me levanto pra conferir a luzinha da ponta do mastro balançando. Sentado, em minha cama, consigo vê-la.
Chaposo navegando na poita
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