sexta-feira, 28 de maio de 2010

Regatistas, cruzeiristas ou "passeístas".

Fiz algumas travessias, mas as longas viagens não são o meu tipo de velejada preferida. Muito trabalho antes, cansaço e desconforto durante, stress em cada chegada e, às vezes, muitos mosquitos nos destinos. Quase sempre temos que recorrer ao motor, ao menos pra ajudar as velas, porque há um planejamento a cumprir.

Li praticamente todos os livros sobre grandes travessias que existem em português e alguns em inglês e, embora admire e respeite os grandes velejadores, não os invejo. Em seus relatos, a gente percebe aquela definição irônica sobre viagens a vela ... "dias de monotonia, entremeados por horas de desespero". Acho que foi o Aleixo Belov quem definiu, em um de seus livros, a lógica dos velejadores de grandes distância: jogar o coração para o próximo destino e lutar pra chegar até ele (não exatamente com essas palavras).

Como nunca tive oportunidade de participar de regatas, me defino como passeísta (diferente de regatista e cruzeirista). Pra mim, se tem vento tocando o barco, adoro... nem que seja velejando em círculos. 

Claro que não dispenso o sabor de uma pequena travessia, para um destino próximo. Mas, aí, a curtição é meio "fazer camping".   

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